Uma história de quase amor em "O Último Amor de Casanova"
Ambientado na Inglaterra do século XVIII, o francês “O Último Amor de Casanova” trata da história de amor de Casanova, um burguês francês recém-chegado à Inglaterra. Casanova consegue um emprego de bibliotecário na cidade de Boêmia em 1793, quando começa a contar para uma jovem aprendiz a sua história de amor de 30 anos antes, quando chegou a Londres. Como um típico Don Juan, Casanova foi um homem de muitas mulheres. Arrogante, acreditava que todas eram apaixonadas por ele, e o longa coloca isso no roteiro, dando a entender de fato que todas o queriam.
Dentre todas as mulheres que teve, apenas uma a marcou especialmente, com quem teve dificuldades amorosas. A jovem Marianne Le Charpillon é uma prostituta por quem se apaixona e ela o usa e não deixa que ele a use, deixando-o irritado. Ela quer ser amada, e não só desejada, e Casanova não sabe lidar com isso. A história entre os dois é conflituosa e arrastada. Durante todo o filme na verdade é tudo bastante chato, com uma cena ou outra interessante, como a do sapato, que é bonita. É bom dar como positivo ainda a ambientação impecável do período, com as músicas, vestimentas e ambientes.
“O Último Amor de Casanova” se passa quase todo no passado e às vezes volta para o período em que ele está contando a história, mas isso não se encaixa direito no roteiro e surge de forma meio inesperada e sem encaixe, não faz muito sentido e nem se faz necessário. Outro problema é que o roteiro não fala muito também sobre a profissão de Casanova e nem porque ele esteve preso em Veneza e teve que fugir para Londres. É um filme sobre amores e sofrimentos, mas se perde e fica muito cansativo.
O filme é do diretor Benoit Jacquot, baseado nas memórias de Casanova e é estrelado por Vincent Lindon e Stacy Martin. A estreia no Brasil está prevista para o próximo dia 26 de dezembro.