“Brightburn: Filho das Trevas”, o Superman do mal
Em uma fazenda no estado do Kansas, um jovem casal não consegue ter filhos, até que, certa noite, um nave cai na floresta próxima a sua casa, com um bebê dentro. Eles resolvem adotar a criança, escondendo dele sua verdadeira origem. Inspirada na história de Super-Homem, essa é a trama de “Brigthburn: Filho das Trevas”, produzido por James Gunn, responsável por “Guardiões da Galáxia”.
Ele é adotado pelo casal e criado como uma criança normal, assim como Clark Kent, o Superman. Tori (Elizabeth Banks) se torna uma super mãe e tudo parece ótimo até que, aos 12 anos, Brandon Breyes (Jackson A. Dunn) começa a apresentar um comportamento diferente, com uma força fora do normal e interesses por coisas não habituais. Tanto em casa como na escola, os mais velhos têm dificuldade em identificar o que é comportamento natural da adolescência e o que de fato ultrapassa os limites. Em seguida, ele começa a machucar pessoas e só então os pais começam a se questionar se o menino é realmente responsável por alguns crimes que vêm acontecendo na cidade.
Brandon também tem alguma influência sobre a eletricidade, que nunca é explicada no filme, assim como a sua real origem e o que significa a nave de onde veio. A nave fica escondida no celeiro e, a partir dos 12 anos, Brandon começa a se sentir atraído por ela, que, com um dialeto desconhecido, lhe dá instruções de tomar o mundo. É quando ele descobre que é especial, diferente e passa a se sentir superior. Porém, usa esse super poder de forma equivocada, querendo machucar pessoas que em geral o contradizem ou não fazem o que ele quer.
Brandon um menino muito inteligente e nerd, que sofria bullying na escola, e esse pode ser um dos motivos que desencadeou que usasse seus recém-descoberto super poderes para o mal, entretanto, o longa não se propõe a efetivamente se aprofundar nessa questão. As cenas da morte são o que de melhor pode-se tirar do filme, com um horror bem trash. Além disso, a boa atuação de Jackson Dunn também ganha destaque.
“Brightburn: Filho Das Trevas” não dá medo e nem leva a reflexões. Tem ainda certo problema de ritmo, que faz seu início ser um pouco enfadonho e só no terço final conseguimos nos interessar mais por Brandon. Ainda assim, o filme se aproveita da grande onda de filmes de super-herói e estreou ontem, 24 de maio. Por conta das cenas escatológicas de morte, a classificação indicativa é de 16 anos.