"Cemitério Maldito", baseado no livro de Stephen King, e a conflituosa relação com a morte
E se, de repente, você pudesse trazer de volta à vida aquelas pessoas (ou bichinhos) que você ama e já morreram? Pois é isso que acontece em "Cemitério Maldito". O longa conta a história do Dr. Louis Creed (Jason Clarke), que, depois de mudar com sua esposa Rachel (Amy Seimetz) e seus dois filhos pequenos de Boston para a área rural do Maine, descobre um misterioso cemitério escondido dentro do bosque próximo à nova casa da família. Quando uma tragédia acontece, Louis pede ajuda ao seu estranho vizinho Jud Crandall (John Lithgow), dando início a uma reação em cadeia perigosa que liberta um mal imprevisível com consequências horripilantes. Pois é, como o próprio nome do filme já deixa claro, as coisas não ficam exatamente iguais e perfeitas quando quem morreu volta à vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Stephen King (e talvez seja a primeira adaptação de King - das que eu vi - que eu realmente tenha gostado e sentido medo), "Cemitério Maldito" fala ainda, mesmo que indiretamente, da importância da fé, principalmente em momentos de dor. Ela é de muita ajuda na hora de lidar com o luto, com a morte, a perda e a culpa. E, sim, a vida tem seu momento de começar e acabar e atos mirabolantes pra mudar a ordem natural das coisas não são necessariamente o melhor caminho.
Agora, elementos importantes de filmes de terror e que este faz uso (e que, no final, funcionam bem): uma casa enorme no meio do mato, em uma cidade perdida no meio do nada; silêncio, muito silêncio, e, de repente, um susto daqueles; e uma criança fazendo coisa errada e sendo um pouco exagerada na sua curiosidade. Em "Cemitério Maldito", tudo isso faz sentido. E dá medo.