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Gloria Bell e a força da mulher livre


Gloria Bell é daquelas mulheres que inspiram. A personagem de Juliane Moore retrata o espírito livre de alguém de meia idade que já tem os filhos adultos e, divorciada, pode ser totalmente dona da própria vida. Ela passa os dias trabalhando em um escritório tradicional e conservador e, à noite, se solta, dançando nas discotecas de Los Angeles. Ser uma pessoa como Gloria Bell tem também um preço alto, afinal de contas o mundo ainda não está tão preparado para uma mulher tão dona de si.

Em uma de suas noitadas, Gloria conhece Arnold (John Turturro) e acaba envolvida num novo amor. Mas até que ponto ela está realmente apaixonada? Será que está depositando no recente relacionamento sua necessidade do afeto que não encontra nos filhos, já completamente emancipados? Ou seria o novo amor uma forma de se sentir mais jovem, quando o corpo já dá sinais de envelhecimento? Mais do que entender o que se passa no interior de Gloria, refletimos sobre o que acontece com nós mesmos.

A verdade é que todos carregamos nossos passados, nossas histórias, e quem pretende dividir a vida conosco precisa estar consciente disso. Mas também precisamos saber colocar no passado o que ainda pertence à outras épocas. Um novo amor exige dedicação.

Gloria não é mocinha nem vilã, não é feliz ou triste. Ela é humana, uma mulher como todas nós, que carrega em si um pouco de cada marca que a vida deixou.

"Gloria Bell" é um remake americano de Sebastián Lelio (ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com "Uma Mulher Fantástica") de seu próprio filme chileno.


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Manu Mayrink é fanática por livros, filmes, séries, música e lugares novos.  A internet é seu maior vício (ao lado de banana e chocolate, claro) e o "Alguém Viu Meus Óculos?" é seu xodó. Ela ama falar (muito) e contar pra todo mundo o que anda fazendo (taurina com ascendente em gêmeos, imagine a confusão!). Já morou em cidade pequena e em cidade grande, já conheceu gente muito famosa e outras não tanto assim (mas sempre com boas histórias). Já passou por alguns lugares incríveis, mas quando o dinheiro aperta ela viaja mesmo é na própria cabeça. Às vezes mais do que deveria, aliás.

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