"O Parque dos Sonhos", a animação que mostra o poder de imaginar
Se tem uma coisa que a vida adulta faz por muitos de nós é nos tornar pragmáticos e acreditando cada vez menos nos nossos sonhos, principalmente aqueles mais mirabolantes. Sim, sei que precisamos ter os pés no chão e, atualmente, sonhar tem se tornado um luxo, mas é tão bom quando conseguimos manter a chama acesa e com possibilidade de correr atrás daquilo que nos faz verdadeiramente bem. E talvez seja este o verdadeiro ensinamento de "O Parque dos Sonhos", que pode dar aquele empurrãozinho até para os adultos que deixaram a imaginação e a criatividade de lado.
A animação conta a história de um parque de diversões onde a imaginação de June, de 12 anos, ganha vida. Rafael Infante e Lucas Veloso dão voz a uma dupla de irmãos bem atrapalhada. Os castores Cooper e Gus são os responsáveis pela manutenção dos brinquedos do parque.
June cria o parque imaginário ao lado de sua mãe, mas quando esta fica doente, a filha perde o ânimo para continuar a brincadeira, devolvendo sua criação pras caixas. Mas crianças não deveriam perder esta magia, que talvez seja uma grande arma para lidar com o sofrimento. A vida perdeu a cor, mas ela pode ser recuperada (e o recurso de tonalidade é mesmo usado, de maneira mais literal, no filme).
"O Parque dos Sonhos" deixa outro recado: pais que dão atenção aos sonhos e ideias mirabolantes dos filhos são muito importantes para o desenvolvimento! O que parece bobeira para os adultos, pode ser o que há de maior no mundo para as crianças. E não podemos deixar isso de lado. Assim, talentos são descobertos. E, assim, momentos incríveis são vividos.