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“Glück - o que um ano sabático nos ensinou sobre a felicidade”, de Karin Hueck e Fred di Giacomo


Foto: Manu Mayrink

Eu nunca gostei muito de livros de autoajuda, mas quando a vida nos mostra um monte de problemas, a gente acaba caindo nesse tipo de leitura e ultimamente eu tenho me interessado muito mais. E "Glück - o que um ano sabático nos ensinou sobre a felicidade" , do casal de jornalistas Karin Hueck e Fred di Giacomo, é mais que um livro de autoajuda. O livro é resultado das experiências e pesquisas do casal de jornalistas que tiraram um ano sabático para entender melhor a felicidade.

Em 2015, eu li uma matéria excelente da jornalista Karin Hueck sobre estupro no Brasil na revista Superinteressante. A partir daí, fui buscar sobre ela e assim conheci o projeto Glück. Na época não fui muito a fundo, mas me interessei de cara pelo projeto do casal que buscava entender a felicidade. E assim, três anos depois, eu me deparei com o livro de mesmo nome.

Karin e Fred resolveram realizar um sonho e saíram para passar um ano sabático em Berlim, na Alemanha. A cidade foi escolhida por ser a origem da família de Karin. Lá, eles fizeram uma grande pesquisa sobre a felicidade, leram livros de autoajuda e de filósofos antigos, entrevistaram pesquisadores e pessoas comuns que tinham vidas extraordinárias.

No início do livro, o casal fala sobre como o ano sabático é importante e algumas empresas estrangeiras até oferecem para seus empregados, de forma remunerada ou não, para que possam descansar ou se aprimorar e voltarem renovados. E, assim, dá algumas dicas de como tirar esse tempo de forma saudável (o que deve ser pensado antes de tomar essa decisão). Fala ainda sobre as profissões e como ser feliz na sua, minimalismo, viagens, a vida na rede social e tudo mais que podem agregar ou dificultar a felicidade. O casal conta suas experiências pessoais e faz várias críticas sociais. Ao final, eles fazem um resumão compilando seis dicas dadas ao longo do livro para encontrar a felicidade. E dão dicas ainda sobre como se planejar e tirar um ano sabático, caso esse seja um objetivo do leitor.

O livro é dividido pelas falas dos dois. Apesar de o Fred escrever super bem e ter uma leitura fluida e desenvolta, achei que ele ganhou mais espaço nessas narrativas e senti mais falta do ponto de vista dela. Em alguns momentos, eles citavam alguns problema que levariam à dificuldade em ser feliz. Um deles está relacionado à condição de ser mulher (como o assédio limita a liberdade, por exemplo) e a Karin fala um pouco sobre isso. Sei que não era o foco do livro, mas gostaria de ter lido mais sobre isso.

"Glück" me abraçou. Eu precisava ler aquelas coisas naquele momento. Cai um pouco no clichê, mas vida é repleta deles e existem algumas coisas que a gente precisa sim ouvir. Eu tive até um pouco de dificuldade de dar continuidade à leitura, porque toda hora parava para refletir ou marcar algum trecho que queria ler depois. “Glück” serviu como um bom amigo, que disse coisas que eu precisava ouvir, me dando puxões de orelha e acalmando meu coração.

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Manu Mayrink é fanática por livros, filmes, séries, música e lugares novos.  A internet é seu maior vício (ao lado de banana e chocolate, claro) e o "Alguém Viu Meus Óculos?" é seu xodó. Ela ama falar (muito) e contar pra todo mundo o que anda fazendo (taurina com ascendente em gêmeos, imagine a confusão!). Já morou em cidade pequena e em cidade grande, já conheceu gente muito famosa e outras não tanto assim (mas sempre com boas histórias). Já passou por alguns lugares incríveis, mas quando o dinheiro aperta ela viaja mesmo é na própria cabeça. Às vezes mais do que deveria, aliás.

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