#JáLi - Suicidas, de Raphael Montes
Trechos para anotar no caderninho:
- "Minha mãe sempre fora amiga da Maria e compartilhou com ela aquele estilo high society de encarar um país subdesenvolvido: casas com nome de gente, carros blindados e babás devidamente robotizadas e uniformizadas para cuidas dos filhotes"
- "Nunca fui otimista e sou feliz assim. Obrigado"
- "Entendo perfeitamente porque os ricos continuam sempre ricos: choram de pobreza enquanto conversam num iate ancorado na ilha particular e guardam cada centavo como se valesse sua vida"
- "O velho discurso de que 'direitos humanos não são para bandido'. Eu realmente não tinha mais saco. Estava preparado para soltar o verbo em cima dela, explicar que 'olho por olho, dente por dente' é primitivismo e mostrar estatísticas que atestavam que a pena de morte não dera muito certo onde fora aplicada"
- "Agora eu tinha a resposta: nós não conhecíamos ninguém. Absolutamente ninguém. Eu não conhecia nem minha mãe. Não conhecia seus limites, seus sonhos, seus medos e suas angústias mais íntimas"